Texto: Carolina Engler.
16/09/2020.
Fotografia de San Martins - aluna do Ateliê Cromo.
Fotografar cachoeira é um clássico da fotografia de natureza! E realmente fica lindo toda aquela água caindo... Tem um parque aqui em Campinas, SP que gosto muito de levar os alunos do curso de fotografia do Ateliê Cromo para praticar exatamente porque a queda d'água faz sucesso.
Vamos aos fatos! Aquelas fotografias que enchem os olhos que encontramos no sites e livros costumam ser feitas com longa exposição. Claro que não é uma regra, inclusive logo abaixo incluo a foto da Valéria, que é aluna aqui do ateliê, que foi realizada com uma velocidade mais alta e é linda também. Mas o clássico é usar uma velocidade baixa - eu já cheguei a fazer foto de queda d'água com um segundo de exposição. Usar velocidades assim tão baixas durante o dia dá trabalho!
Fotografia de Valéria Guadagnine - aluna do Ateliê Cromo.
Antes de mais nada vale lembrar que para fazer longa exposição é ideal usar um tripé e um controle remoto. Não é novidade, mas vai que você não leu nenhum dos outros artigos que falam de longa exposição...
A novidade desta situação é que, por ser durante o dia, teremos de ajustar o ISO mais baixo e o diafragma mais fechado que o equipamento permitir. Tem mais um truque que pode ser incorporado para alongar ainda mais a exposição: é o filtro de densidade neutra (conhecido como ND). Esse filtro funciona como um óculos de sol, ele filtra uma parte da luz do dia.
Fotografia de José Carlos Pereira - aluno do Ateliê Cromo.
Para não ficar dúvidas vou ser bem didática: depois de ajustado o ISO baixo, o diafragma fechado, colocado o filtro ND na objetiva, você irá encontrar qual velocidade de obturador zera o fotômetro. Não é porque eu disse que já usei 1" de obturador que você deva começar por aí...
Observem as fotos do post, cada uma delas foi feita com uma velocidade diferente. A primeira foi a velocidade mais longa de todas, a última uma velocidade mais intermediária e a do meio mais rápida. Apenas a primeira precisou de tripé, as outras já foram feitas com velocidades compatíveis com a mão (pelo menos 1/60). Inclusive a última muito provavelmente foi feita de um avião ou helicóptero.
Última dica: fique atento porque neste tipo de situação é comum termos grande contraste de áreas de sombra e sol. Então observe se sua composição está ficando harmoniosa com o enquadramento que escolheu. É possível que as áreas de sol fiquem muito estouradas... Então experimente várias alternativas de enquadramento.
Aproveitem as dicas! A repetição é que traz a excelência!!!
Um abraço e até o próximo post.
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