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O presente ensaio é minha “produção de pandemia” e vem sendo realizado desde junho de 2020. Com sobras de materiais de projetos e oficinas anteriores construí estas imagens com a sobreposição de impressões fotográficas em goma bicromatada e gravura em tetrapak. Mesmo sendo um projeto de fotografia ele flerta com a pintura e o desenho, tentando se afastar dos referentes e construir um Horizonte Possível em tempos tão incertos.

 

A imprevisibilidade e a escassez de recursos sempre me interessaram como conceito e este é um ensaio que se vale muito deles... Trabalhei com um conjunto de quarenta matrizes fotográficas (produzidas para meu projeto anterior A cidade que me habita) que são recorrentemente reagrupadas em conjuntos de 3 ou 4 para compor a camada fotográfica do trabalho. Sobre a camada fotográfica era acrescentada uma ou mais camadas de gravuras. O desenhos gravados não foram feitos à mão livre, também partiram de imagens fotográficas... Passam a ser desenho enquanto traço nas matrizes e, de certa forma, voltam a ser fotografia no trabalho final... Tem um ir e vir da imagem que também me interessa muito como conceito.

 

Minha primeira experiência no universo da gravura, estou aprendendo a gravar gravando. As imprecisões do processo de aprendizado da técnica foram incorporados como linguagem. Nenhuma obra nunca dava errado, ela só não tinha ficado pronta ainda. Então se minha mão escorregava durante uma impressão eu fazia uma nova impressão sobre esta ou mesmo ao seu lado, sobrepondo camadas e mais camadas de gravura e/ou fotografia.

É um projeto que ainda está em execução, mas compartilho algumas das imagens aqui.

 

Trabalhos de Carolina Engler.

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