Cuprotipia - a técnica fotográfica esquecida
- Carolina Engler
- 7 de mai.
- 2 min de leitura
Em breve o kit para a realização da técnica estará disponível para venda na nossa loja e teremos horários disponíveis para oficina!

A cuprotipia é um processo de impressão fotográfica do século XIX, no qual se pode emulsionar papéis e imprimir com a utilização de luz solar ou com luz ultravioleta. Os primeiros registros da cuprotipia datam de 1856 e o primeiro registro da técnica sob esse nome é feito por CJ Burnett e a técnica era usada tanto em papel como em tecido.
Em 1856 outro fotógrafo, conhecido como Obernetter, muda a formulação para evitar a toxidade da fórmula original. Mas essa nova formula era muito lenta e sujeita a manchas, por isso a técnica fica praticamente esquecida por mais de um século.
Só em 2007 pesquisas sistemáticas com a técnica são retomadas aperfeiçoando a técnica de Obernetter. Isso explica porque a cuprotipia, mesmo de datando do século XIX, ainda é bastante desconhecida nos dias de hoje mesmo com o grande movimento de retomada das técnicas de impressão. O processo que usamos hoje é conhecido como "Nova Cuprotipia", foi desenvolvido por Niranjan Patel, Peter Friedrichsen e Frank Gorga, e foi divulgado apenas em 2022.
Segundo minhas pesquisas do último ano, no Brasil ainda não temos mais ninguém trabalhando com a técnica - pelo menos não que tenha publicado resultados on line ou em publicações.

Os grandes diferenciais desta técnica histórica é produzir imagens em tons de marrom sem o uso de nitrato de prata - o qual é extremamente caro - e permitir a produção de imagens em diversas cores diferentes dependendo da sequencia e dos toners utilizados. Como pode ser visto em alguns dos exemplos abaixo. Aqui temos 4 exemplos, das 8 combinações possíveis que testei.
Pesquiso técnicas fotográficas do século XIX há mais de 25 anos e esse processo é o mais econômico que já testei - mais econômico inclusive que a cianotipia, técnica queridinha de todos pela beleza, simplicidade e economia.




Comments